RETRATANDO O PASSADO

14/11/2009 15:47

 

RETRATANDO O PASSADO

 

Carnaval, festa de raro esplendor, onde tudo acontece, e na ilha do samba não é diferente.

 

Da década de 70 até os dias de hoje, muito aconteceu e se transformou. Ah! Quanta saudade dos antigos desfiles oficiais de blocos carnavalescos e escola de samba na passarela da Princesa Isabel, Jerônimo Monteiro e Praça Oito.

 

Os blocos, alguns “filhotes” de escolas de samba, com muita garra, ofereceu um espetáculo exuberante, e os “rivais” de Vitória eram Jucutuquara e Alegria do morro dos alagoanos. Jucutuquara, com o saudoso Mauro Felix Guimarães à frente e na bateria o mestre Ditão. O Alegria com o grupo de Libério Santiago sempre se consagrava campeão oficial dos desfiles. É bom lembrar que a rapaziada do Alegria tinha o apoio da região de Santo Antônio e da escola Novo Império.

 

Outros blocos, tais como Caveira de São Torquato, Boa Vista de Cariacica, entre outros como Pulo do Gato, Barreiros, Chegou o que Faltava, Pega no Samba, Unidos do Bayer e Mug mostravam a força de suas comunidades. Com o passar do tempo, alguns blocos não agüentavam a pressão e se transformavam em escola de samba, ou deixaram de existir. Não podemos esquecer que sem participar dos desfiles oficiais a irreverência do bloco “Amarra o burro” e “Chapéu de lado”, ambos da região da Fonte Grande, eram as atrações da Jerônimo Monteiro, Rua Sete e Praça Oito.

 

Das escolas da Ilha do samba, muitas histórias serão contadas em nosso portal, como “aperitivo”, vamos até o carnaval de 1975, quando, na passarela da Princesa Isabel o público assistiu os primeiros carros alegóricos iluminados, era Independentes de São Torquato, que “debutava” na condição de escola de samba, graças ao trabalho da comunidade e tinha à frente o ferroviário aposentado, Dentinho, morando hoje em Jose de Anchieta, na Serra.

 

Temos também de lembrar da saudosa Santa Lúcia da família

Bleidão, que tinha Xavier como intérprete,

A Mocidade da Praia de mestre Flores e José Luiz com Edu cantando o samba. E nossa Amigos da Gurigica tendo como presidente o saudoso Coronel Hélio que dava a sua vida pela escola.

 

A Andaraí que tinha Bolinha que cumpriu sua missão naquele ano com um belo desfile . A Imperatriz do Forte, sob a batuta de Gilson Neiva, Manoel do Carmo e Xoroca sofreu a perda de uma de sua integrantes em um acidente minutos antes do desfile, e a escola passou na passarela de luto com sua bateria em silêncio e apenas um surdo marcando o lamento da agremiação.

 

Assim a campeã após muitos problemas a Piedade acabou sendo campeã e a vice campeã a Novo Império com o enredo ”Vulto da História do Brasil”.

 

Para encerrar, não podemos esquecer que no carnaval de 1975 as agremiações foram prestigiadas pelo Rei Momo Valmor Miranda e sua Rainha Iris Buck.

 

 

 

Aylor Barbosa.

 

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